Cerca de cinco milhões de moçambicanos saíram da situação de insegurança alimentar no país, desde o início do programa Sustenta, há cinco anos, através de financiamento de projectos agrícolas, com resultado directo no aumento da produção e produtividade agrária.

Com efeito, o número de pessoas nesta condição baixou de 12.3 milhões em 2020 para cerca de sete milhões este ano.

Os dados foram partilhados esta semana em Nametil, no distrito de Mogovolas, província de Nampula, pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, no acto de lançamento da campanha “Crescer Bem”, uma iniciativa do Gabinete da Primeira-Dama em articulação com o Governo e que tem como foco as mulheres vivendo no meio rural.

Entretanto, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) disse estar encorajada com os resultados do país no domínio da segurança alimentar. No entanto, continuam desafios para atingir os compromissos traçados no âmbito dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O representante da FAO em Moçambique, Hernâni da Silva, que expressou esta satisfação no lançamento da campanha “Crescer Bem”, e defendeu que esses desafios exigem de todos um maior esforço, colaboração e coordenação na utilização dos escassos recursos à disposição.

Segundo Hernâni da Silva, os dados de Moçambique no que diz respeito à segurança alimentar foram mais encorajadores com os resultados de uma melhor colheita que contribuiu para a redução do número de pessoas afectadas pela insegurança alimentar, como projectado pela análise do IPC (Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar) feita em 2021.

Em Moçambique, cerca de 24 por cento da população (de pouco mais de 30 milhões de pessoas) ainda sofre os efeitos da desnutrição crónica.