Cabo Delgado: Há muitos países dispostos a financiar o combate ao terrorismo – Ministro

Existem países com estreitos laços de amizade com Moçambique empenhados em capacitar e financiar o combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, para procurar impedir o “risco de alargamento” das incursões armadas para zonas vizinhas, disse o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela.

Questionado sobre quem irá suportar as despesas das tropas estrangeiras que estão a garantir melhorias de segurança em Cabo Delgado, o ministro afirmou que as questões de financiamento estão asseguradas por mecanismos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Disse o responsável pelas finanças moçambicanas, que, actualmente, os mecanismos de apoio financeiros está a decorrer a nível da SADC, frisando que “não é a primeira vez que as tropas da SADC estão num país-membro” havendo, por isso, “mecanismos [há muito tempo] acordados pelos países da organização”.

Max Tonela falava na Embaixada de Moçambique, em Washington DC, onde participou nos Encontros de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM).

Segundo Max Tonela, em relação à cooperação com o Ruanda, que é no âmbito da cooperação bilateral, ela foi feita tendo em conta o objectivo dos países de controlarem a situação (terrorista).

“A visão da SADC e dos países da região é a de que se a situação não for contida onde está o risco de alargamento para todos os outros países é muito elevado”, disse.

Segundo o ministro, é nesta perspectiva que há países amigos a financiar, incluindo países europeus, e a capacitar, incluindo os Estados Unidos da América, pois a visão é de que a situação deve ser contida e eliminada.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A tensão militar obrigou a alterações dos prazos de construção das infra-estruturas em terra para exploração de gás natural, mas Max Tonela acredita que será possível recuperar o tempo perdido.

“Nós esperamos que haja condições para que o projecto em terra já iniciado possa acontecer em curto prazo e condições para que o segundo projecto também possa sobretudo tendo em conta as oportunidades geradas pela conjuntura actual mais cedo do que o inicialmente previsto”, afirmou.

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