Banqueiros americanos viram salários crescer durante a pandemia

Os salários dos CEO de bancos viram, em média, as suas remunerações subir durante a pandemia. Só o salário do CEO da Capital One Financial Corp., disparou 161%.

Os CEO da maioria dos grandes bancos americanos viram os seus salários aumentar durante a pandemia. Entre os bancos com mais de 1 000 milhões de dólares em activos, dois terços dos CEO foram alvo de aumentos salariais este ano, de acordo com um estudo realizado por analistas da correctora Janney Montgomery Scott. O aumento médio foi de 26%, segundo os dados.

Os CEO dos maiores bancos dos Estados Unidos – aqueles com mais de 50 mil milhões de dólares em activos – tiveram o menor aumento na remuneração, equivalente a 5,8%. Já os CEO do Bank of America, Brian Moynihan; Wells Fargo, Charlie Scharf e do US Bancorp, Andy Cecere, viram sua remuneração diminuir este ano.

Os bancos acumularam reservas de milhares de milhões durante a pandemia de covid-19 à medida que o desemprego disparava, com receio de que os clientes deixassem de cumprir as suas obrigações no pagamento de empréstimos. Mas as várias ondas de estímulos económicos pagos pelo Governo americano evitaram perdas amplas, permitindo aos bancos começar a libertar as reservas nos últimos trimestres de 2020.

O salário do CEO Richard Fairbank, da Capital One Financial Corp., disparou 161% chegando aos 20,1 milhões de dólares, o maior salto entre os maiores bancos americanos, de acordo com a Janney, que baseou o seu estudo em tabelas de remuneração incluídas em documentos regulatórios. Uma parte do salário de 2019 de Fairbank foi paga apenas em 2020, o que acresce ao rendimento declarado nos registos. 

A remuneração de Jamie Dim, do JPMorgan Chase, aumentou apenas 0,2%, mas continua a ser o CEO mais bem pago do sector bancário, e espera ganhar quase 32 milhões de dólares este ano.

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