Bancos comerciais aumentam taxas de juro

Os bancos comerciais, que se anteciparam ao Banco Central aumentando as suas taxas de juro durante o mês de Janeiro, elevaram novamente o custo do dinheiro em Moçambique. Para os moçambicanos que só tem acesso a instituições de Microfinanças o custo mensal de um empréstimo chega perto dos 50 por cento no Bayport e ultrapassa os 70 por cento na Socremo.

Reflectindo o aumento da Taxa de Juro de Política Monetária (Taxa MIMO), revista em finais de Março pelo Banco de Moçambique de 13,25 por cento para 15,25 por cento, a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) decidiu que a “Prime Rate” a vigorar no mês de Maio de 2022 sobe para 19,10 por cento.

Recorde-se que o @Verdade revelou que em Janeiro, e embora a “Prime Rate” estivesse inalterada desde meados de 2021, os bancos comerciais reviram em alta o custo dos empréstimos em Moçambique tendo, por exemplo, a taxa de juro das operações activas para a maturidade de 1 ano aumentado em 120 pontos base para 18,80 por cento.

Com esta “Prime Rate” os moçambicanos deverão pagar cerca de 25 por cento de juros por créditos ao consumo, crédito à habitação ou outros tipos de empréstimos que tenham na banca comercial.

Desde que as taxas de juro dispararam para dois dígitos, em 2016, os bancos comerciais tem aumentado todos anos os seus lucros bilionários. Por exemplo, no ano passado o Banco Comercial e de Investimentos obteve um novo lucro inédito: 13,4 biliões de Meticais.

Para os moçambicanos mais pobres que só tem acesso a instituições de Microfinanças o custo do dinheiro chega perto dos 50 por cento no Bayport e ultrapassa os 70 por cento na Socremo.

É expectável que o custo do dinheiro continue a subir em Moçambique pois para conter a escalada da inflação o Banco Central deverá restringir ainda mais a sua Política Monetária nos próximos meses. (Operanewsapp/Verdade)

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