O Banco Mundial aprovou um apoio de 400 milhões de dólares para o projecto Estradas Seguras em Moçambique, anunciou hoje a organização internacional.
“O objectivo do projecto é melhorar a conectividade, segurança e resiliência climática do sistema rodoviário, bem como desenvolver a inclusão social nas áreas do projecto”, indica o Banco Mundial, numa nota de imprensa citada pela Lusa.
A maior parte do valor vai servir para a reabilitação de estradas, estando previstas obras em um total de 508 quilómetros de rodovias nas províncias de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, Sofala e Zambézia, no centro do país.
“As estradas são vitais para a actividade económica, crescimento, inclusão social e a redução da pobreza”, observou a directora do Banco Mundial em Moçambique, Idah Z. Pswarayi-Riddihough, citada no documento.
Entre as reabilitações que vão ser custeadas pelo banco destacam-se as obras na Estrada Nacional Número 1 (EN1), a principal do país.
“Esta operação é fundamental para revitalizar a conectividade das estradas Norte-Sul de Moçambique e, assim, integrar as frágeis províncias Centro-Norte com o resto do país, reabilitando troços rodoviários prioritários do corredor Norte-Sul da EN1”, acrescenta a directora do Banco Mundial.
A EN1, a única estrada que liga o sul, centro e norte de Moçambique, tem sido palco de graves acidentes de viação, com várias mortes e quase sempre envolvendo transportes colectivos.
Os índices de sinistralidade rodoviária em Moçambique são classificados como dramáticos por várias organizações.
Em média, pelo menos mil pessoas morrem anualmente nas estradas, segundo dados avançados à Lusa pela Associação Moçambicana Para as Vítimas de Insegurança Rodoviária (Amviro).
Além do pacote de 400 milhões de dólares, ainda no sector dos transportes, o Banco Mundial aprovou para Moçambique mais 250 milhões de dólares para melhorar a mobilidade e a acessibilidade na Área Metropolitana de Maputo (AMM).
“Os fundos serão utilizados para a construção do primeiro sistema de transporte rápido de autocarros e instalações associadas na Área Metropolitana de Maputo, abrangendo as cidades de Maputo, Matola e a vila de Marracuene”, acrescenta-se numa outra nota do Banco Mundial.
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