O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique (BdM), que decidiu esta quarta-feira (27), reduzir a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, de 13,50 % para 12,75 %, alerta que a pressão sobre o endividamento público interno mantém-se elevada.
“A dívida pública interna, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 408,1 mil milhões de meticais, o que representa um aumento de 95,7 mil milhões em relação a Dezembro de 2023”, refere o BdM.
Adicionalmente, segundo o banco central, apesar deste elevado nível de endividamento interno, o sector bancário mantém-se sólido, capitalizado e resiliente, apontando que em Outubro passado, “os rácios de solvabilidade e de liquidez fixaram-se em 25,8% e 48,6%, respectivamente, cifras acima dos níveis mínimos regulamentares, de 12% e 25%”. Por sua vez, os rácios de rendibilidade dos activos (ROA) e dos capitais próprios (ROE) mantiveram-se em níveis satisfatórios, fixando-se em 4,3% e 17,9%, respectivamente.
Na mesma publicação, o BdM assinalou que o risco sistémico, que avalia o potencial efeito de contágio decorrente de perturbações no sector bancário, manteve-se no nível moderado. “Este comportamento reflecte a manutenção da recuperação gradual da actividade económica e da desaceleração da inflação, não obstante a exposição do sector bancário a factores climáticos adversos e ao crescente endividamento público”, acrescentou.
Reunido ontem em mais uma sessão, o Comité de Política Monetária do BdM avançou que as reservas internacionais brutas, excluindo grandes projectos, situam-se em níveis suficientes para cobrir cerca de cinco meses de importações de bens e serviços.
A próxima reunião ordinária do CPMO está marcada para o dia 27 de Janeiro de 2025.
(Foto DR)
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