A Galp não tem novidades sobre o desenvolvimento de gás natural no norte do país. A companhia reconhece que a segurança na região é essencial para o projecto de Rovuma na área 4 poder avançar.
“Lamentamos a perda de vidas em Palma”, disse esta quarta-feira o presidente executivo da Galp sobre os ataques por parte de grupos jihadistas que tiveram lugar nesta vila no norte do país africano lusófono no início deste ano.
“O Governo de Moçambique está a trabalhar duramente para restaurar a situação. Esperamos que a situação estabilize”, afirmou Andy Brown esta quarta-feira, 2 de Junho, durante a apresentação aos mercados do plano estratégico até 2025.
“Não pensamos que o projecto não avance, mas é prematuro declarar uma data” para o FID (a decisão final sobre o investimento).
“É muito cedo para dizer que vai haver desinvestimento; é muto cedo para dizer que vai haver FID”, segundo o gestor.
Questionado pelos analistas sobre como é que a Galp planeia investir neste projecto se, e quando, for tomada a decisão final de investimento pelo consórcio, o líder da petrolífera apontou que vai ser preciso “libertar capital noutro local para financiar” este projecto.
No documento do plano estratégico da empresa, a Galp destaca que o projecto de Rovuma é “um dos mais competitivos no gás natural em todo o mundo”.
Ao mesmo tempo, destaca que a segurança na região é “crucial para o projecto avançar”. A petrolífera aponta que o primeiro gás poderá ser esperado entre 2025 e 2030.
Também em Moçambique, a companhia está a desenvolver outro projecto de gás natural: Coral, que envolve a construção de um navio FLNG que extrai e liquidifica gás natural para exportá-lo para outros países através de navio. A Galp espera o primeiro gás deste projecto em 2022.
A Galp conta com uma participação de 10% nos projectos da Área 4, tanto no Coral como no Rovuma.
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