A obra “Diego y yo”, (Diego e eu) da Frida Kahlo foi vendida por cerca de 34,9 milhões de dólares num leilão da Sotheby’s em Nova Iorque, ao fundador do Museu de Arte Latino-americana. Trata-se do valor mais alto de uma pintura de autoria de um artista latino americano.
A obra de 30 centímetros de altura e 22,4 de largura é um autorretrato da pintora mexicana Frida Kahlo que foi concluído em 1949, alguns anos antes da sua morte. Segundo fontes da notícia, a identidade do comprador e do vendedor é desconhecida.
É sabido que a peça já tinha trocado de mãos em 1990, também num leilão da Sotheby’s, onde foi vendida por 1,4 milhões de dólares segundo a Aljazeera.
A pintura retrata uma imagem melancólica de Frida Kahlo com lágrimas a escorrer pela cara, com a figura do marido, Diego Rivera, na testa.
Esta representação será referente ao casamento instável que Frida tinha com Diego e à relação extraconjugal que o pintor mexicano manteve com Maria Felix, atriz mexicana que era amiga próxima de Frida. O artista teve, também, um caso com a irmã de Frida, Cristina Kahlo.
O antigo recorde da obra de um artista latino-americano mais cara pertencia, à pintura “The rivals”, de Diego Rivera, que foi vendida por 9,76 milhões de dólares.
De referir que Frida Kahlo morreu em 1954, aos 47 anos, com uma embolia pulmonar, mas a sua obra, que incluía pinturas de temas controversos e que representavam a experiência feminina tornou a artista num ícone feminista.