O Gabinete de Auditoria Interna (GAI) da Universidade Eduardo Mondlane detectou o uso indevido de 32 milhões de meticais na Faculdade de Educação (FACED-UEM), entre 01 de Janeiro de 2017 e 31 de Dezembro de 2018.
Para esse intervalo temporal carecem de provas para o uso de 1.837.476,72 de meticais para a aquisição de bens e serviços sem que para tal se tivesse realizado um processo de procurement. Foram concedidos ainda empréstimos a favor dos funcionários no valor de 289.525,00 de meticais sem qualquer registo documental.
Isto não parou ou aí. Avança a nossa fonte que foram descobertos processos de despesas de aquisição de bens e serviços sem os respectivos justificativos, totalizando 479.714, 80 de meticais.
O GAI solicitou documentos contabilísticos e outras informações referentes a conta daquela faculdade domiciliada em um dos bancos comerciais da praça, mas a FACED-UEM foi incapaz de apresentá-los.
“Os auditores dizem ainda que na conta bancária número 56344488 (do BIM UEM-FACED) foi identificada, no dia 02 de Agosto de 2018, uma operação com cheque número 7255799, no valor de 32.500,00 Mts, no entanto, o banco descontou 132.500,00 Mts, ou seja, uma diferença de 100.000,00Mts a mais entre o valor emitido e descontado. Mais uma vez, não houve fundamento para retirada daquele valor”, escreve a fonte.
Ainda no mesmo extracto, dizem os auditores, observa-se que no dia 22 de Agosto outra operação com o cheque no valor de 6.025,50 meticais, mas o banco descontou 56.025,00 meticais, uma diferença de 50.000,00 meticais, também sem nenhuma justificação por ambas partes (Faculdade e Banco).
No relatório, lê-se igualmente que houve financiamento ou comparticipações de estudos para funcionários no valor de 337.421,50 meticais sem a devida autorização do Reitor. Diz-se também que houve pagamento indevido de incentivos sem autorização, no valor correspondente a 195.648,90 meticais.
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