A província da Zambézia, a segunda mais populosa de Moçambique, tem sido palco de ataques constantes e de crescente insegurança, provocados pelo movimento Naparama. Este grupo armado, que se apresenta como uma força de resistência, tem atacado autoridades locais, membros do partido Frelimo, partido no poder, e forças de defesa e segurança, criando um clima de medo.
Embora o governador Pio Matos tenha descrito uma diminuição no número de ataques, a violência persiste, especialmente em áreas como Morrumbala, onde foi recentemente registado o acto bárbaro de decapitação de um membro da comunidade. Este ataque foi condenado, o governador expressou indignação pelo acto “bastante vergonhoso para a sociedade moçambicana”.
Citado numa publicação da RFI, Pio Matos afirmou que “tais actos de violência não trazem ganhos para ninguém, apenas resultam em perdas de dignidade e respeito pela vida humana”.
O governador da Zambézia considerou que a violência perpetrada pelos Naparamas está ligada, em parte, às manifestações de descontentamento com os resultados das eleições gerais de 09 de Outubro de 2024. Os líderes comunitários, membros do partido no poder e agentes da polícia têm sido os alvos do grupo.
Apesar da gravidade da situação, Pio Matos tem uma postura optimista, afirmando que “estão a ser criadas condições para que a paz e a reconciliação possam ser restauradas”, enfatizando a importância de os moçambicanos se unirem num processo de reconciliação e pacificação para superar os desafios impostos pela insegurança.
Embora a província da Zambézia ainda enfrente desafios em relação à violência dos Naparamas, as autoridades locais estão determinadas a restaurar a tranquilidade e promover um processo de reconciliação entre as diversas facções da sociedade moçambicana.
(Foto DR)
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