Assuntos vacina e clima irão marcar cimeira Europa-África

A Cimeira entre a União Europeia (UE) e a União Africana (UA) será marcada pela “tensão” entre os dois blocos. Considerou Marisa Lourenço, analista da consultora Control Risks, que acompanha a África Subsaariana.

A cimeira não deverá aprofundar a relação entre os dois blocos, principalmente porque a tensão cresceu significativamente durante o último ano. A UA deverá criticar abertamente os países da UE por questões como a desigualdade na distribuição de vacinas, que prejudicou muitos estados africanos em 2021”, disse a analista citada pela agência Lusa.

Antevendo principais pontos que poderão sair da cimeira desta semana, a analista acrescentou que “é provável que África exija mais ajuda para lidar com os efeitos das alterações climáticas, que afeta profundamente o continente, apesar de África ser responsável por menos de 3% das emissões globais de carbono”.

Ainda que os dois blocos representantes dos países do continente falem a uma só voz, as relações individuais dos estados africanos com os europeus pode mostrar alguma diferença no tom, apontou Marisa Lourenço, exemplificando com Moçambique.

“Moçambique está a aprofundar os laços com a UE para tentar obter ajuda contra a insurgência na província de Cabo Delgado e a cimeira não vai mudar esta dinâmica, mas no geral antevemos mais tensão do que a definição de uma nova agenda”, concluiu a analista.

Fonte: Lusa

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