Num momento em que Moçambique vive manifestações um pouco por todo o país contra os resultados das eleições gerais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, apelou, esta segunda-feira (04), ao regresso ao trabalho.
“Cada dia que nós não trabalhamos, a economia vai sofrendo e, se continuarmos assim, por exemplo, a discussão dentro de uma semana já não seria o problema de eleições, seria o problema da fome”, disse Adriano Maleiane, numa publicação da RFI.
O chefe de Governo pede a cessação dos protestos e apela ao diálogo: “A minha sugestão é: vamos dar tempo para o Conselho Constitucional (CC) terminar, todas as manifestações devem parar. Eu penso que podem esperar só um bocadinho para terminar este processo de eleições, portanto, é nossa cultura o diálogo.”
Recorde-se que o candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS, Venâncio Mondlane, apelou a uma greve geral e manifestações durante uma semana em Moçambique, entre 31 de Outubro e 07 de Novembro, dia em que espera uma mega-concentração na capital para manifestar contra os resultados anunciados das eleições gerais de 09 de Outubro.
Venâncio Mondlane designou esta como a terceira etapa da contestação aos resultados anunciados pela CNE. Esta fase segue-se aos protestos realizados nos dias 21, 24 e 25 de Outubro, na sequência do duplo homicídio de dois apoiantes, o advogado Elvino Dias e o docente Paulo Guambe, mortos a tiro numa emboscada em Maputo na noite de 18 de Outubro.
(Foto DR)
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