Adelino Luís vence prémio literário Mia Couto segunda edição

Adelino Luís vence prémio literário Mia Couto segunda edição

O escritor moçambicano, Adelino Albano Luís, foi galardoado na passada quinta-feira (12), como o grande vencedor da 2.ª edição do Prémio Literário Mia Couto, na categoria de prosa.

Pelo prémio recebeu um cheque de 400 mil meticais das mãos de Mia Couto e do Administrador-Delegado da Cornelder de Moçambique, Jan de Vries, numa cerimónia realizada na Casa do Artista, na cidade da Beira.

O prémio, lançado em Junho de 2023, é uma iniciativa da Cornelder de Moçambique (CdM) em parceria com a Associação Literária Kulemba.

Adelino Luís venceu o galardão deste ano com o livro “Estórias trazidas pela ventania”, editada pela Fundza. A obra foi distinguida, segundo o júri do prémio, “pela riqueza temática, versatilidade linguística e uma consistente construção dos contos”.

O livro de Adelino Albano Luís venceu a concorrência dos outros três finalistas, nesta 2.ª edição do Prémio Literário Mia Couto, nomeadamente “Kwashala Blues”, de Jessemusse Cacinda; “Da asa do vento, a poeira do fogo”, de Rungo Novela; e “As ancas do camarada chefe”, de Sérgio Raimundo.

Os membros do júri desta 2.ª edição do Prémio Literário Mia Couto foram os moçambicanos Lourenço do Rosário (presidente), Teresa Manjate e Marcelo Panguana, bem como o angolano Ondjakie e a brasileira Tânia Macedo.

A cerimónia de entrega do prémio contou com a presença do escritor moçambicano que dá nome ao Prémio, Mia Couto, dos representantes da Cornelder de Moçambique e da Associação Literária Kulemba, bem como da Secretária de Estado em Sofala, Cecília Chamutota, e o edil da Beira, Albano Carige, para além de Marcelo Panguana, que representou o corpo dos jurados.

Para esta 2.ª edição do Prémio Literário Mia Couto, o júri decidiu, por “unanimidade”, conforme explicou na ocasião Marcelo Panguana, não premiar qualquer das obras inscritas para a categoria de poesia, “por ter constatado a existência de algumas fragilidades na sua construção poética, uma decisão que está prevista no Artigo 23 do Regulamento do Prémio”.

Numa publicação do jornal Savana, Marcelo Panguana acrescentou, na ocasião, que a “Beira é a pátria de fazedores de cultura”, referindo que o júri recebeu, no total, 13 obras concorrentes, sendo nove de contos e quatro de poesias.

Falando na cerimónia, o Director Executivo-Adjunto da Cornelder de Moçambique, António Libombo, voltou a enaltecer o facto de o prémio – uma iniciativa da CdM em parceria com a Associação Literária Kulemba -, levar o nome de Mia Couto, porque a sua “trajectória literária serve de exemplo” para todos os moçambicanos. Acrescentou que a CdM vai continuar a apoiar o desenvolvimento da cultura no país e felicitou o vencedor do prémio desta 2.ª edição, esperando que, no próximo ano, haja mais concorrentes ao Prémio Literário Mia Couto.

Por sua vez, o escritor Mia Couto disse estar satisfeito por voltar à capital de Sofala, porque “sempre que venho à Beira eu renasço, porque foi aqui que fui criança”. Enalteceu a Cornelder de Moçambique e a Associação Kulemba pelo prémio, lembrando que a literatura é muito importante para o país.

Já o escritor vencedor, Adelino Albano Luís, disse que era uma “honra muito grande vencer este prémio e ter o meu nome associado ao de Mia Couto, que é para mim a minha maior fonte de inspiração”.

Adelino Albano Luís nasceu em 1998, em Chimoio, província de Manica. Licenciado em Filosofia pela UEM, é ainda autor da obra “Cronicontos da Cabeça do Velho” (2022).

 

(Foto DR)

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