O Governo através do Ministério da Saúde anunciou, esta quarta-feira (05), a criação de uma comissão de inquérito para averiguar os alegados casos de mau atendimento, desaparecimento de recém-nascidos na maternidade e outras irregularidades no Hospital Provincial da Matola (HPM).
A informação foi avançada pelo ministro da Saúde, Ussene Isse, após uma visita a aquela unidade sanitária para aferir o nível de funcionamento. Ainda assim, Ussene Isse mostrou-se cauteloso sobre o alegado mau atendimento neste hospital de referência na província de Maputo.
“Eu sou muito cauteloso em relação a este assunto, porque apesar desta beleza que eu encontrei hoje, há algumas queixas que têm chegado a nós deste hospital ligadas ao mau atendimento. Há mau atendimento, também há desaparecimento de crianças e tudo mais. Como vê, a minha equipa de hoje é acompanhada pelo Inspector-geral da Saúde para poder dar continuidade e monitorar estas queixas da população”, disse o governante, assinalando que “há uma equipa que está criada, em coordenação com os colegas da província, para podermos trabalhar, monitorar e termos evidência daquilo que está a acontecer”.
A visita do ministro da Saúde acontece dias depois de um grupo de mulheres ter-se dirigido ao Hospital Provincial da Matola para protestar contra alegados casos de maus-tratos naquela unidade sanitária, incluindo denúncias de roubo de bebés e remoção não autorizada de úteros.
Segundo manifestantes, além dos casos de roubo de bebés e remoção de úteros, há também situações em que os corpos de recém-nascidos que morrem no parto não são entregues às mães.
“Este lugar já não é um hospital, é um supermercado. Estão a usar o hospital para fazer boladas”, denunciou uma das manifestantes.
Recentemente, uma mulher acusou aquela unidade hospitalar de ter sido removido o útero sem o seu consentimento.
(Foto DR)
Deixe uma resposta