Moçambique registou, no terceiro trimestre do ano passado, uma variação negativa de 1,7% das importações de bens, tendo totalizado 6,4 mil milhões de dólares contra os 6,5 mil milhões de dólares registados em igual período de 2023.
Os dados constam no boletim trimestral da Balança de Pagamentos (BoP), divulgado pelo Banco de Moçambique (BdM), a que o MZNews teve acesso. Segundo o documento, a redução das importações dos Grandes Projectos (GP) reflectiu-se, essencialmente, a queda das importações de bens tanto dos Grandes Projectos (GP) quanto da economia tradicional em 4,9% e 1,2%, respectivamente.
Segundo o BdM, em termos de categorias de bens, incluindo os GP, o destaque vai para os bens intermédios que custaram ao País 1,9 mil milhões de dólares, representando um peso de 38,8% sobre o total das importações, embora estes tenham registado uma redução anual de 15%.
“Contribuíram, principalmente, para o agravamento os gastos realizados com a aquisição de de alumínio bruto em 53%, adubos e fertilizantes em 36%, material de construção, excluindo o cimento, em 13% e combustíveis em 8%”, aponta o documento.
Os bens de consumo, por sua vez, com um peso de 25% sobre a factura total de importação, registaram um crescimento anual de 1%, atingindo 1,6 mil milhões de dólares, influenciado pelo aumento nas despesas com os seguintes produtos: arroz e livro escolar com 63% e 38%, respectivamente.
Enquanto isso, os Bens de Capital, com um peso de 18% da factura total, registaram uma contracção de 5,5% no ano, totalizando 1,1 mil milhões de dólares, influenciada pela redução na compra de maquinaria diversa em 45 milhões de dólares.
A África do Sul foi o principal país de origem das importações moçambicanas, com um peso de 25% do total, e que corresponde a 1,6 mil milhões de dólares, seguida pela China, Índia, Singapura e Omã, com 17%, 7%, 6%, e 5% do peso total dos gastos do País, respectivamente.
(Foto DR)
Deixe uma resposta