Moçambique registou, no terceiro trimestre de 2024, um aumento em 44,7% do fluxo de Investimento Directo Estrangeiro (IDE), tendo totalizado 2,7 mil milhões de dólares quando comparado com o período homólogo de 2023.
Segundo os dados que constam no boletim trimestral da Balança de Pagamentos (BoP), divulgado na última sexta-feira (21), pelo Banco de Moçambique (BdM), a que o MZNews teve acesso, esta evolução foi influenciada pelo incremento de investimentos na indústria extractiva, sobretudo dos Grandes Projectos (GP) em 40,9%.
Em termos de distribuição sectorial, o relatório do BdM indica que a indústria extractiva manteve a sua posição de maior receptor de fluxos de investimento, com um total de 2, 4 mil milhões de dólares, destacando que “cerca de 1,7 mil milhões, que representa 75,4% destes recursos foram absorvidos pelo sector de petróleo e gás, que em termos anuais, aumentou em 58,6%, enquanto o subsector de extração de carvão mineral registou um acréscimo anual de 11,2%, totalizando 545,3 milhões, equivalente a um peso de 22,3%”.
De acordo com o banco central, a indústria transformadora, que registou, por outro lado, um encaixe de 93,9 milhões de dólares, equivalente a 3,4% do total do IDE, bem como, a indústria de produção e distribuição de electricidade, gás e água, com 86,3 milhões, equivalente a 3,1%, do total do IDE, contribuíram para o crescimento do IDE.
Desagregando o IDE por instrumentos, observa-se que os recursos mobilizados para investimento sob forma de “Outro Capital” registaram um incremento anual de 39,7%, totalizando 2,4 mil milhões de dólares, mantendo-se como a principal forma de realização do IDE em Moçambique. “A concretização deste fluxo de investimento foi com recurso ao aumento de suprimentos e créditos comerciais, tanto por parte dos GP, quanto por outras empresas, com mais de 100%, respectivamente”, aponta o relatório do BdM.
A África do Sul, Maurícias e Países Baixos foram os principais parceiros do IDE em Moçambique, com 778 milhões de dólares, 735,5 e 725 milhões, respectivamente. De resto segue a Itália com 304,1 milhões de dólares como um dos principais países de origem dos fluxos de IDE em Moçambique.
(Foto DR)
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