O MISA Moçambique solicitou, esta quarta-feira, aos Ministérios da Defesa e do Interior que esclareçam, com a máxima urgência, à sociedade o alegado envolvimento de agentes das Forças de Defesa e Segurança, no desaparecimento forçado do jornalista Arlindo Chissale, ocorrido na noite de 7 de Janeiro de 2024, na zona de Silva Macua, província de Cabo Delgado.
Segundo informações divulgadas pela imprensa e testemunhos recolhidos pelo MISA, Chissale foi interpelado, agredido violentamente e levado à força por agentes das FDS e, desde então, o jornalista continua desaparecido sem qualquer comunicação oficial sobre o seu paradeiro.
No documento submetido, o MISA Moçambique pede aos Ministérios da Defesa e do Interior que se comprometam a esclarecer o caso, através de uma investigação independente e a responsabilizar os agentes envolvidos.
O MISA pede ainda aos Ministérios do Interior e da Defesa Nacional para garantirem que os agentes envolvidos no actos contra Chissale cessem e os agentes da corporação, no geral, se abstenham imediatamente, de qualquer forma de violência e brutalidade policial contra jornalistas de modo a assegurar que a liberdade de imprensa não seja restringida.
O MISA Moçambique reitera a sua preocupação com o crescente ambiente hostil contra os profissionais de comunicação social no país e insta o Estado a reforçar o seu compromisso com os princípios democráticos, assegurando a proteção daqueles que exercem o dever de informar. (Nota informativa)
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