A Reserva Nacional de Pomene, no distrito de Massinga, província de Inhambane, ficou quase completamente destruída, na sequência de um levantamento popular que culminou com a vandalização e incêndio de todas as infra-estruturas ali implantadas.

A acção popular surge em retaliação à uma condenação judicial de um jovem por ter matado um macaco na área protegida, mas administração local desmente e diz que tudo faz parte das manifestações pós-eleitorais.

De acordo com o administrador da Reserva Nacional de Pomene, Abílio Tamele, todas as infra-estruturas, nomeadamente, escritórios, dormitórios e locais de atendimento de turistas ficaram reduzidas a cinzas, comprometendo a capacidade de fiscalização e outras actividades de fiscalização daquela área.

“Desde o passado dia 08 de Janeiro vivemos momentos de tensão aqui na Reserva. Foi praticamente uma semana inteira de vandalismos, saques que culminaram com a destruição total das infra-estruturas que resultaram em danos avultados que ainda estamos a avaliar os custos”, disse o administrador, numa publicação da Revista Terra.

De acordo com informações de populares, a destruição da Reserva foi reacção à condenação de um jovem residente a uma pena de oito anos, por ter matado um macaco, o que configura a crime ambiental.

O administrador desmente a alegação e diz que a destruição surge na onda das manifestações pós-eleitorais em curso desde o passado mês de Novembro.

“Não é verdade que isto tem a ver com a condenação do jovem. A sentença foi lida no dia 22 do corrente e a vandalização aconteceu durante vários dias antes deste acto judicial”, disse a fonte.

A Reserva Nacional de Pomene é uma área de conservação que se distingue pela prevalência de espécies como o porco-bravo, cabrito cinzento, chipene, macaco-cão, macaco-cinzento e diversas espécies de aves, com destaque para flamingos e pelicanos.

(Foto DR)