Cerca de 10 milhões de dólares é o valor necessário para a reposição das infra-estruturas ferroviárias, incluindo mais de 200 metros de linha férrea vandalizadas, equipamentos electrónicos e estações ferroviárias, com destaque para as de Tenga e Matola Gare.
A informação foi partilhada terça-feira (31), pelo Presidente do Conselho de Administração dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Agostinho Langa, durante uma visita efectuada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, ao distrito de Moamba para aferir o nível dos danos provocados pelas manifestações.
“Além da linha que havíamos montado, agora temos que repor a estação de Tenga, que foi incendiada e também vandalizado o sistema de comunicação, bem como a de Matola Gare, que felizmente foi apenas vandalizada, mas queimaram tudo o que estava à volta”, explicou ainda citado pela AIM.
Além dessas duas estações, acresce a de Catema, na linha de Sena, que também foi incendiada, bem como a ponte sobre Missito.
A fonte disse ainda que, a reposição das linhas férreas não constitui uma tarefa difícil, sendo necessários apenas dois dias de tranquilidade.
“Se nos derem dois dias de paz, reparamos todos os estragos causados, sobretudo os da linha férrea”, disse.
Ao contrário das linhas férreas, a reposição das estações ferroviárias não será uma tarefa fácil por estar condicionada.
“Sobre as estações, vamos precisar de algum tempo, porque também há equipamentos electrónicos que foram queimados e, nalgum momento será necessário importar os mesmos para a reposição, por exemplo, de todo sistema de báscula em Ressano Garcia”, acrescentou.
Langa explica ainda que, os equipamentos necessários para as referidas reposições, devem ser importados da vizinha África do Sul que, por ocasião das férias de Natal e fim-de-ano, quase todas as empresas estão fechadas, “por isso vamos ter que esperar”.
Entretanto, tranquilizou à população, afirmando “estas vandalizações não constituem impedimento para a circulação de comboios, embora haja um pouco de falta de segurança, porque vamos transportar vagões com algum peso e isso pode perigar a circulação de comboios”.
Explicou que as razões que ditaram a paralisação da circulação de comboios em alguns pontos e, os que ainda circulam, enquadram-se na responsabilidade social dos CFM.
“Nós praticamente fazemos o comboio de passageiros com um custo equivalente a 15% daquilo que devia ser o custo do bilhete, portanto, estamos a fazer quase que, de borla, comparado ao transporte semi-colectivo de passageiros, que custa cinco vezes mais em relação ao bilhete do comboio”.
Há mais de dois meses que Moçambique vive momentos de manifestações violentas em protestos aos resultados eleitorais de 09 de Outubro.
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