As portas da sede do partido Renamo reabriram, em Maputo, este sábado (21), na sequência de um grupo de ex-guerrilheiros ter declarado o encerramento das instalações. O grupo exige a realização de um Conselho Nacional para eleger uma nova direcção.
O grupo de ex-guerrilheiros já havia submetido duas cartas de protesto, pedindo a realização do Conselho Nacional para eleição de uma nova direcção, em consequência do resultado eleitoral.
Segundo uma publicação da VOA, os ex-guerrilheiros pediram às delegações provinciais e distritais para também fecharem as portas das sedes do partido. Em várias localidades foram registados distúrbios entre apoiantes de Ossufo e os ex-guerrilheiros.
Por exemplo, em Manica, um grupo de membros e simpatizantes da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, envolveu-se em pancadaria, defronte ao edifício da sua delegação provincial, na cidade de Chimoio, resultando em dois feridos ligeiros.
Já em Nampula, um grupo de membros e simpatizantes da Renamo, que estava na sua sede provincial em Nampula, agrediu três jornalistas que estavam para cobrir uma conferência de imprensa convocada pelo Gabinete de Comunicação e Imagem do partido.
De acordo com os resultados das eleições de 09 de Outubro, a Renamo perdeu o lugar como segunda força política do país, lugar ocupado pelo candidato presidencial apoiado pelo partido PODEMOS, Venâncio Mondlane.
A Renamo ainda não prestou declarações. Não existe ainda uma data para a realização do Conselho Nacional visto que, segundo o partido, não existem fundos suficientes e os resultados eleitorais ainda não foram atestados.
Ossufo Momade é líder da Renamo desde 2018.
As eleições geraram uma onda de protestos em Moçambique. O país aguarda agora o pronunciamento do Conselho Constitucional, que anunciou que se vai pronunciar amanhã, segunda-feira (23).
(Foto DR)
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