O candidato presidencial pelo PODEMOS, Venâncio Mondlane cancela regresso à capital moçambicana para liderar os mega protestos por si convocados contra a fraude eleitoral que deu vitória à Frelimo. Na origem questões de segurança.
A informação foi avançada pelo próprio Venâncio Mondlane à AFP.
A 19 de Outubro dois correligionários seus foram mortos com 25 tiros por homens até aqui desconhecidos, eram eles o advogado Elvino Dias e o mandatário do partido Podemos, Paulo Guambe. A barbaridade foi amplamente entendida no país como uma chamada de atenção à Mondlane.
Os protestos de hoje são o culminar da terceira fase da greve geral e protestos por ele convocados e são vistos como o momento mais alto de levantamento popular.
Na mesma publicação citada pela DW, antes dos protestos desta quinta-feira, Venâncio Mondlane referiu que Moçambique encontra-se num “momento crucial”.
“Sinto que há uma atmosfera revolucionária… que mostra que estamos à beira de uma transição histórica e política única no país”, disse Mondlane, que está atualmente no estrangeiro e disse que não poderia comparecer aos protestos por questões de segurança.
Maputo é palco de protestos nunca antes vistos, impulsionados pela mega fraude eleitoral nas eleições de 09 de Outubro que deram vitória confortável ao partido libertador. O resultado escandalizou os moçambicanos que não hesitaram em responder aos pedidos do candidato Mondlane.
Moçambique possui um histórico de fraude eleitoral que sempre foi marginalizado pelos dirigentes da Frelimo. Também as crises sociais associadas a má governação motivaram a saída às ruas.
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