Mais de 300 mil dólares, equivalente a 18,9 milhões de meticais, foram disponibilizados pelo Governo da Suécia, destinados ao fortalecimento da gestão das áreas protegidas, melhoria da qualidade de vida das comunidades locais e aumento da resiliência climática em Moçambique.

Segundo uma publicação do jornal Notícias, trata-se de um apoio que visa promover a gestão sustentável dos recursos naturais e a inovação tecnológica na conservação, devendo se prolongar até Abril de 2027.

Neste contexto, a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e a Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (SIDA) visitaram a Reserva de Vida Selvagem de Lugenda (Luwire), localizada no bloco L7 da Reserva Especial do Niassa, para avaliar os progressos e impactos do financiamento.

Durante a visita, as duas partes destacaram avanços como a implementação de tecnologias de monitoria em tempo real, incluindo o SMART (ferramenta de monitoramento e relatórios espaciais).

Estas ferramentas facilitam a recolha de dados e a gestão operacional, permitindo uma protecção mais eficaz das espécies e habitats, através de contagens aéreas de fauna e fiscalização do terreno.

Foi também revelado que o projecto não se limita apenas à conservação ambiental, mas prioriza também o fortalecimento institucional e técnico, garantindo a sustentabilidade a longo prazo das acções de conservação.

Observou-se, igualmente, um progresso notável nas iniciativas de eco-turismo e geração de renda, com as comunidades a assumir um papel activo na conservação da biodiversidade local.

A expansão de tecnologias de comunicação, como rádios e sistemas de monitoria, tem vindo a fortalecer também as operações de fiscalização, essenciais no combate ao tráfico de espécies e ao desmatamento.

Os representantes do Governo da Suécia reafirmaram o seu compromisso com a conservação da biodiversidade na província do Niassa, sublinhando a importância da resiliência das áreas de conservação, face às alterações climáticas.

Na ocasião, a Biofund assegurou que vai continuar a liderar esforços de conservação e desenvolvimento sustentável, promovendo uma abordagem integrada que envolva directamente as comunidades locais na preservação dos recursos naturais no país.

Este novo financiamento promete ser um passo decisivo na protecção da biodiversidade em Moçambique, abrindo caminho para um futuro em que as comunidades, as áreas protegidas e o clima estejam interligados numa rede de resiliência e prosperidade.

(Foto DR)