A taxa de desemprego da África do Sul aumentou inesperadamente no segundo trimestre para o nível mais alto desde 2022, impulsionada pela perda de empregos nos sectores de comércio e agricultura, segundo dados da Statistics South Africa divulgados na terça-feira, na capital Pretória.

A taxa de desemprego avançou para 33,5% nos três meses até Junho, em comparação com 32,9% no trimestre anterior, refere a Bloomberg.

O número de pessoas empregadas caiu em 92.000, para 16,7 milhões.

A taxa de desemprego aumentou apesar de uma melhora significativa no desempenho da empresa estatal de energia Eskom Holdings, que não precisou racionar electricidade durante o trimestre.

O crescimento económico sul-africano tem sido prejudicado pelos cortrs programados, no fornecimento de energia.

Com 8,4 milhões de desempregados, a taxa de desemprego da África do Sul continua sendo uma das mais altas do mundo. Esse é um grande desafio para a nova aliança governamental do país, formada após as eleições de 29 de Maio, nas quais o Congresso Nacional Africano perdeu sua maioria pela primeira vez desde 1994.

O “Governo de Unidade Nacional”, prometeu priorizar a criação de empregos e a reforma económica para impulsionar o crescimento, que teve uma média de apenas um porcento na última década.

“Todos os sectores de emprego diminuíram entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024, excepto o sector informal, que aumentou em 48.000 empregos”, disse o estatístico geral Risenga Maluleke .

Ele também observou que a crescente lacuna entre a taxa de participação da força de trabalho e a taxa de absorção “significa que o número de empregos que estão sendo criados não é capaz de lidar com a questão do desemprego”.

A taxa de participação na força de trabalho, ou a parte da população em idade activa a trabalhar ou à procura activamente por um emprego, encolheu em um décimo de ponto percentual para 60,6%, enquanto a proporção emprego-população caiu de 40,7% para 40,3% no trimestre anterior.