O Governo moçambicano espera que a Estratégia de Desenvolvimento da Economia Azul (EDEA), lançada ontem (12), se torne ponto de referência para todos os interessados na economia marinha e aquática, e que sirva de legado para a resposta aos desafios das mudanças climáticas, incluindo a degradação ambiental que se verifica no mundo marinho.
Segundo Filipe Nyusi, esta estratégia, deve acima de tudo, promover a exploração sustentável do capital natural marinho, costeiro e de águas interiores.
“Queremos ver os recursos marinhos e aquáticos a serem, não apenas racionalmente explorados, mas que também sirvam de promotores da nossa agenda de desenvolvimento. Queremos fazer isso respeitando em simultâneo a agenda de consolidação da diversidade biológica”, disse o chefe do Estado moçambicano.
Liderada pelo Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, a EDEA enquadra-se nas áreas de transição energética, mudanças climáticas, promoção da biodiversidade, segurança marítima, gestão do risco de desastres, de florestas.
Para o Executivo moçambicano, a Estratégia de Desenvolvimento da Economia Azul visa trazer aos moçambicanos uma orientação estratégica, concisa e clara, que não só visa promover a exploração racional e sustentável dos recursos aquáticos, como também é uma forma de materializar os compromissos internacionais.
A Estratégia assenta em seis pilares que sumarizam as áreas a serem transformadas, nomeadamente, pesca e aquacultura; energias renováveis e indústria extractiva marinha; capital natural e ambiente e economia circular; turismo e cultura; transportes marítimos e infra-estruturas portuárias e logísticas; e, por fim, a segurança marítima.
Citado pela AIM, Nyusi acrescentou que o documento a ser implementado de uma forma transversal, é suportado por quatro eixos de foco: boa governação; conhecimento, inovação e tecnologias; mudanças climáticas; e envolvimento das comunidades.
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