O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção da província de Manica, no centro de Moçambique, registou 149 crimes no primeiro semestre do corrente ano. O sector da saúde e a Polícia da República de Moçambique (PRM) são os que registam um maior número de casos de corrupção.
Citado pela AIM, o substituto do director do Gabinete Provincial de Combate a Corrupção, em Manica, Domingos Julai, afirmou, hoje, nas cerimónias alusivas ao Dia Africano de Combate à Corrupção, que as cobranças ilícitas e abuso de cargo são os crimes que registam um maior número de casos na função pública. Deste número, segundo a fonte, 68 foram esclarecidos e os restantes 81 ainda estão em fase de tramitação.
“Recuperamos perto de 90 mil meticais em todos os crimes de corrupção e conexos. Mas também temos alguns processos a correr junto da instituição em que o valor é estimado em perto de três milhões de meticais. Esse valor deverá ser recuperado nos próximos tempos”, referiu o responsável.
A fonte acrescentou que na sua instituição estão a ser tramitados dois processos-crime de branqueamento de capitais.
“Esses processos estão na fase de instrução. São crimes que não acontecem apenas no sector público ou privado. Atingem até pessoas singulares. As nuances destes crimes são diferentes da corrupção. São processos que requerem muita atenção por parte dos órgãos de administração de justiça”, salientou, apelando aos funcionários, e a população em geral, para participarem nas acções de combate à corrupção, um mal que mina o desenvolvimento do país.
(Foto DR)
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