O major-general sul-africano, Patrick Dube é o novo comandante da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique (SAMIM), que combate os terroristas islâmicos na província de Cabo Delgado, norte do país, desde 2021.
Segundo a AIM, Patrick Dube é o segundo sul-africano a chefiar a força. O primeiro foi o major-general Monwabisi Dyakopu, que, tal como Dube, terá tido missões de sucesso na República Democrática do Congo (RDC) com a Brigada de Intervenção da Força da MONUSCO (FIB).
A força SAMIM esteve, no ano passado, sob a liderança de um comandante interino, o Brigadeiro-General das Forças de Defesa do Botswana, Gaboratanelwe Tshweneetsile.
De acordo com a plataforma sul-africana DefenceWeb, Dube é provavelmente o último comandante da força SAMIM antes da sua retirada de Moçambique, prevista para Julho.
Dirigindo-se aos oficiais ligados ao contingente sul-africano da SAMIM e a outros no Quartel-General da Força SAMIM na capital de Cabo Delgado, Pemba, Patrick Dube enfatizou o seu compromisso com os objectivos estratégicos da missão, afirmando que “odiaria se fizesse inimigos aqui, excepto se forem aqueles que procuramos lá fora, que estão a causar problemas ao povo de Moçambique e ao povo da SADC”.
Não obstante, o novo líder reconheceu as responsabilidades assumidas pela Força de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF) quando destacada “fora da África do Sul, afirmando que a força era um símbolo do poder nacional e que a África do Sul, como signatária de quaisquer acordos internacionais, é obrigada a desempenhar um papel”.
A África do Sul, juntamente com Angola, o Botsuana, a RDC, o Lesoto, o Maláui, a Tanzânia e a Zâmbia são os países contribuintes de tropas (TCC) para a SAMIM. A retirada em Julho de 2024 está em conformidade com uma directiva da Cimeira da Troika do bloco regional, que deu instruções à liderança da SAMIM para iniciar uma retirada faseada em Dezembro de 2023, antes da retirada completa em Julho.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o terrorismo em Cabo Delgado, causou cerca de 4.000 mortes e contribuiu para a deslocação de um milhão de pessoas.
Deixe uma resposta