A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) diz estar preocupada com o agravamento e falta de esclarecimento sobre onda de raptos de empresários ao nível nacional, sobretudo na cidade de Maputo.
“Entendemos que é preciso imprimir mudanças profundas tanto na abordagem da Polícia da República de Moçambique (PRM) contra este mal, bem como no quadro legal vigente, tornando a sua moldura penal mais severa e sem possibilidade de pagamento de caução”, sugere a CTA.
Os empresários defendem a aplicação de penas severas para desencorajar esta prática que tende a crescer no decorrer do tempo.
“De outra forma, os criminosos continuarão sentindo algum conforto no binómio custo/benefício. É preciso passar a informação de que o Estado e a sociedade não toleram este tipo legal de crime”, salientam os empresários.
A CTA diz ainda ser assustador o facto de estes crimes ocorrerem nos arredores da cidade capital, locais tidos como de maior circulação e actuação da PRM, entretanto, os criminosos vêm demonstrando a sua livre actuação e à luz do dia.
Entendem os empresários que, esta situação não pode continuar como está, pois, afecta de forma extremamente negativa o tecido económico do País, bem como impacta negativamente nas decisões dos potenciais investidores, induzindo à saída de capitais, reflectindo-se na perda de postos de trabalhos e capacidade de geração de rendas.
“Adicionalmente, a ocorrência de raptos torna o nosso País inseguro para atracção de turismo”, referem os empresários.
No quadro do Diálogo Publico- Privado, a CTA reitera o seu compromisso de continuar a dialogar, de forma incansável, com o Governo para identificar abordagens harmonizadas, na busca de soluções que contribuam para a mitigação deste fenómeno e de outros que afectam a tranquilidade e segurança publicas.
“É, igualmente, necessário repensar no modelo de abordagem da PRM e FDS no combate contra os raptos. O sector privado continua acreditando que a proposta de operacionalização efectiva da Unidade Anti Raptos e de outras propostas submetidas ao Governo são o ponto de partida para a erradicação deste fenómeno que tem impactado o ambiente de negócios no País”, referiu a CTA
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