A Ministra da Administração Estatal e Função Pública mostrou-se nesta quinta-feira, agastada com o elevado número de casos de corrupção envolvendo funcionários e agentes da Função pública no país.
Segundo a governante, só do ano passado até ao primeiro semestre do ano em curso foram notificados mais de 600 casos e sete dos quais já em seguimento no Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCC).
“As províncias de Maputo e Inhambane são as que lideram a lista de cometimento de corrupção, ao nível do país, onde os implicados correm o risco de serem expulsos do Aparelho do Estado”, lamentou.
Ana Comoane manifestou a preocupação na abertura do IX conselho coordenador do Ministério da Administração Estatal e Função que decorre até hoje na vila da Matola-Rio, província de Maputo.
Por sua vez, a inspectora-geral da Função Pública, Laura Nhancale, explicou que sectores da educação e saúde são os que apresentam mais casos de corrupção, sendo que as autoridades trabalham no sentido de estancar este mal social.
Detalhando o fenómeno de corrupção na função pública, Laura Nhancale, apontou as áreas de atendimento público, nomeadamente a saúde e educação, como aquelas que têm maior registo de actos de corrupção.
Segundo a fonte, a maioria dos casos culminaram com a instrução de processos disciplinares e, nas situações mais graves, foram encaminhados ao GCCC, tendo em conta que, para além de sanções disciplinares, há espaço para a responsabilização criminal.
“Isto resulta do trabalho que a administração pública está a fazer no sentido de responsabilizar quem se envolve em esquemas de corrupção. A corrupção ocorre em todo país e um pouco em todos os sectores, mas temos os mais críticos”, disse a fonte.
Assegurou que o Estado continuará implacável no combate à corrupção, com vista a devolver a dignidade ao sector, numa altura em que os cidadãos se queixam de qualidade de serviços prestados há vários níveis.
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