Figuras como o papa, Trump ou Beyoncé perderam, esta quinta-feira, o ‘selo azul’ no Twitter, depois da rede social liderada por Elon Musk ter cumprido a promessa e retirado o crachá aos que se recusaram a pagar.
A rede social sofreu uma mudança com as contas a perderem esta marca distintiva obtida no passado, após verificação da identidade do utilizador e sujeita a certas condições, entre estas a notoriedade.
O ‘selo’ desapareceu de inúmeras personalidades como Justin Bieber, Cristiano Ronaldo (CR7), Bill Gates ou Lady Gaga, assim como de muitos jornalistas, professores ou activistas.
Até ‘@jack’, a conta do co-fundador do Twitter, Jack Dorsey, viu o ‘selo azul’ ser-lhe retirado.
No sector político, muitos governantes também o perderam, enquanto outros obtiveram um ‘selo cinza’, reservado para contas governamentais ou certas organizações.
O ‘selo azul’ sinaliza agora utilizadores que pagam oito dólares por mês para ter essa distinção e outras vantagens do “Twitter Blue” (mais visibilidade, privilégios técnicos ou menos anúncios).
Entre estes estão Donald Trump Junior ou o Dalai Lama.
A data não foi escolhida ao acaso: 20 de Abril, pronuncia-se 4/20 em inglês e é uma referência ao canábis nos Estados Unidos. E o também dono da Tesla e da SpaceX adora piadas sobre este assunto, ao ponto de ter comprado a plataforma a 54,20 dólares a acção.
Elon Musk teve de tentar várias vezes para lançar o Twitter Blue, decisão que gerou e está a gerar críticas.
Segundo o multimilionário, a assinatura também deve permitir combater perfis falsos e contas automatizadas e diversificar os rendimentos, numa altura em que muitas marcas fugiram da plataforma.
Entre Novembro e Janeiro, metade dos 30 maiores anunciantes do Twitter pararam de comprar espaço publicitário lá, de acordo com a plataforma Pathmatics.
As marcas estão relutantes em investir numa plataforma “onde reina o caos, a mudança arbitrária e a incerteza”, explicou Jasmine Enberg, da Insider Intelligence, na semana passada.
“O ‘selo azul’ já não é mais garantia de credibilidade”, já que qualquer pessoa pode pagar para o ter, lembrou.
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