O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) anunciou ontem a assinatura de um projecto com o Governo de Moçambique no valor de 19 milhões de euros para recuperar Cabo Delgado.
O projecto de dois anos intitulado “Estabilização e Recuperação Imediata da Província de Cabo Delgado” é financiado pelos Países Baixos e União Europeia (UE).
O objectivo é “apoiar os esforços do Governo” e “lançar as bases necessárias para fortalecer a paz e promover o desenvolvimento da região”.
Haverá acções para melhorar as condições de segurança, garantir serviços essenciais e fornecer apoio socioeconómico, refere o PNUD.
O projecto vai decorrer nos distritos mais afectados pela insurgência armada em Cabo Delgado, nomeadamente Macomia, Quissanga, Palma, Mocímboa da Praia, Muidumbe e Nangade.
“Os seis distritos alvo eram, antes do conflito e com base nos dados do censo de 2017, predominantemente rurais, com mais de 70% da população vivendo em áreas rurais. Com base nesta realidade, o programa não limitará as intervenções aos principais centros urbanos, mas também envolverá as comunidades para onde a maior parte da população acabará por regressar voluntariamente”, explica a agência humanitária.
Como parte dos esforços nacionais de estabilização e recuperação, “o PNUD estabeleceu um escritório local em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, em 2021, e começou a implementar actividades de estabilização”.
O PNUD tem apoiado “o restabelecimento de serviços básicos por meio da reabilitação e reconstrução de infraestruturas públicas destruídas, recuperação económica, através de intervenções monetárias e apoio aos meios de subsistência”, concluiu.
A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
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