A economia da África do Sul, a mais desenvolvida do continente africano, interrompeu o crescimento de seis meses consecutivos e caiu 0,7% no segundo trimestre deste ano, disse hoje o instituto oficial de estatísticas do país (Stats SA).
As devastadoras inundações de Abril na província de KwaZulu-Natal, no leste do país, e os cortes de energia motivados pela grave crise do sistema eléctrico “contribuíram para a queda, debilitando a economia nacional, já de si fragilizada e que acabava de regressar aos níveis anteriores à pandemia”, explicou a Stats SA num comunicado citado pela agência espanhola de notícias, a Efe e pela Lusa.
De acordo com os dados que apresentam o crescimento agregado entre Abril e Junho, houve sete sectores económicos que tiveram uma quebra, a começar pela agricultura e pescas, com uma descida de 7,7% face ao nível de actividade registado no trimestre homólogo, e pela produção artesanal, com uma queda de 5,9%.
Pelo contrário, os serviços pessoais, com uma ligeira subida de 0,1%, finanças e imobiliário (2,4%) e o transporte e comunicações, com 2,4%, registaram expansões no nível de produção.
O Governo liderado por Cyril Ramaphosa antevê um crescimento do PIB de 2,1% este ano, mantendo a tendência de expansão registada no ano passado, mas enfrenta as consequências da pandemia, que agravou a recessão que já vinha de trás, o desemprego de mais de um terço da população e uma grave crise no sistema energético, que obriga a cortes generalizados e frequentes.
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