Um guarda-florestal moçambicano de 49 anos de idade a trabalhar na África do Sul, identificado por Anton Mzimba, foi assassinado no passado dia 26 de Julho, diante da sua família (esposa e filhos), na cidade semi-rural de Acornhoek, na província de Mpumalanga.
Supostamente, três pessoas dispararam contra Mzimba e abanaram a residência sem levar os pertences alheios, de acordo com a “Carta”. Na incursão, a esposa contraiu ferimentos e os filhos mantiveram-se ilesos.
A polícia local alega estar no encalço dos indivíduos, suspeitos de serem assassinos profissionais.
De acordo com a “Carta de Moçambique”, Mzimba imigrou para o país vizinho a procura de melhores condições de vida. Por lá, conseguiu emprego na Reserva Natural Privada Timbavati, uma área protegida do Kruger Park desde 1997, e tornou-se ‘ranger’ no ano seguinte.
“Não tenho medo de dizer que sou um herói. Porque sei que o caçador furtivo, antes de disparar contra um rinoceronte, vai disparar contra mim primeiro”, escreveu o “dailymaverick”, citando Anton Mzimba.
Mzimba trabalhou por 25 anos no Timbavati, dedicando a sua vida à protecção da vida selvagem. No Rhino Conservation Awards de 2016, ele recebeu o prêmio de Melhor Ranger de Campo.
Organizações mundiais ligadas a conservação e educação ambiental desencadearam campanhas para arrecadar fundos que possam apoia a educação dos filhos de Mzimba. Para já, foram arrecadados 27. 992 dólares dos 100 mil previstos, com base em contribuições de 139 doadores.
“Essa perda trágica serve como um lembrete doloroso e sério do perigo que Anton e outros bravos defensores da vida selvagem enfrentam todos os dias. Mais de 150 guardas-florestais em todo o mundo perderam a vida nos últimos 12 meses. Talvez seja poético o serviço memorial de Anton no Dia Mundial do Guarda-florestal de 2022. Escolhemos este dia para lançar o ‘Anton Mzimba Education Trust’ – um fundo que ajudará a apoiar a educação de seus filhos, apoiando a paixão de sua vida a longo prazo e inspirando jovens a amar a vida selvagem como ele amava”, escreveu o Global Conservation Corps, Inc, que vai receber e tratar do valor que se pretende arrecadar.
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