O mundo vive perante uma crise alimentar severa causada pela guerra Rússia Ucrânia que tem tido um impacto enorme na produção de alimentos e consequentemente na definição dos preços para os mesmos ao nível global.
Esse cenário, levou aqui as grandes potências agrícolas, incluindo União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Austrália, comprometeram-se ontem a garantir a segurança alimentar mundial, apesar dos choques provocados pela guerra na Ucrânia.
“Comprometemo-nos a trabalhar juntos para garantir que haja comida suficiente para todos, incluindo os mais pobres, os mais vulneráveis e os deslocados”, referiram 51 membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) num comunicado conjunto, citado pela Lusa.
Os países também prometem manter os mercados agrícolas e alimentares “abertos, previsíveis e transparentes, não impondo medidas restritivas comerciais injustificadas” a produtos agroalimentares ou produtos essenciais para a produção agrícola.
Segundo a fonte da notícia, os membros signatários exigem ainda que os produtos adquiridos pelo Programa Alimentar Mundial na primeira linha para tentar compensar as perdas causadas no mercado agrícola mundial pela falta de produção na Ucrânia sejam isentos de qualquer restrição ou proibição de exportação.
A Rússia e a Ucrânia são dois grandes exportadores de produtos como trigo, milho e óleo de girassol. A Rússia também é o maior fornecedor mundial de fertilizantes e gás.
A invasão russa da Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro, e as sanções impostas a Moscovo na sequência dessa ofensiva levaram à interrupção das entregas de trigo e outros produtos dos dois países, aumentando os preços dos bens alimentares e dos combustíveis.