Cabo Delgado: activistas humanistas sofrem ameaças e intimidações

Um relatório da Rede Moçambicana de Defensores dos Direitos Humanos (RMDDH) divulgado recentemente em Pemba, capital de Cabo Delgado, revela que os activistas humanistas na província sofrem ameaças e intimidações.

O relatório, denominado Vozes da Comunidade, destaca que há direitos básicos dos cidadãos que continuam a não estar garantidos para quem foge de ataques e contra-ataques no norte do país.

De acordo com o Director do Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), membro da Rede Adriano Nuvunga, diz que ao nível das comunidades registam-se situações de violação de direitos humanos.

Para o CDD também se verificam casos de negação da realização de direitos humanos pela situação de conflito, agravando a situação de pobreza em que vivem as pessoas afectadas pelos conflitos armados

“Homens e mulheres que trabalham para que outras pessoas possam realizar os seus direitos, estão sendo ameaçados pelas variadíssimas situações, incluindo a forma como as autoridades da lei e ordem actuam nas regiões afectadas pelo conflito”, denunciou Nuvunga.

Quem também confirma a ocorrência de intimidações é o Presidente da Comissão Moçambicana dos Direitos Humanos (CNDH), Luís Bitone. Na sua perspectiva “precisamos de acções muito enérgicas, com vista a tornar os direitos humanos uma realidade”.

De acordo com Bitone, um dos problemas é que vários actores “ainda não percebem a dimensão dos direitos humanos, como aquela dimensão que precisa de ser respeitada por todos”.

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