A Ex-ministra do Trabalho e outros dez arguidos devem começar a ser julgados, esta terça-feira, no Tribunal Judicial da Katembe, acusados do desvio de 1,8 milhões de dólares americanos do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Helena Taipo é indiciada de receber dinheiro de subornos para favor empresa de construção e tipográfica, em contratos com o INSS. De acordo como os órgãos de informação nacionais, trata-se de pensões de mineiros moçambicanos na África do Sul.
A acusação diz que o pagamento dos subornos ocorreu em quatro parcelas para disfarçar o esquema. As empresa envolvidas teriam sobrefacturado o INSS, e, na qualidade de Ministra, Taipo garantiu que os contratos eram assinados. As somas justas foram para o INSS, enquanto o montante sobrefacturado foi desviado para contas bancárias tuteladas de Taipo.
Os seus co-acusados incluem gestores e directores do INSS das quatro empresas envolvidas no esquema.
A acusação acredita que, com este dinheiro, os arguidos compraram bens imobiliários, carros e bebidas alcoólicas, entre outros artigos. Durante as investigações, foram apreendidos 27 veículos e sete propriedades e congeladas sete contas bancárias.
Taipo foi ministro do trabalho de 2005 a 2015, em ambos os mandatos do Presidente Armando Guebuza. Os crimes alegadamente ocorreram um ano antes de Taipo deixar o cargo.
Taipo foi presa em Abril de 2019, por ordem do Gabinete Central de Luta contra a Corrupção, enquanto desempenhava o cargo de embaixadora da República de Moçambique em Angola. Actualmente Helena Taipo responde o processo em Liberdade. Leia mais…