O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, mandou exonerar, esta quarta-feira, seis ministros do actual Governo, segundo um comunicado do Gabinete de Imprensa da Presidência da República.
Os implicado são os ministros da Economia e Finanças, Adriano Afonso Maleiane; dos Recursos Minerais e Energia, Ernesto Max Elias Tonela; da Indústria e Comércio, Carlos Alberto Fortes Mesquita; das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Osvaldo Machatine; do Mar, Águas Interiores e Pescas, Augusta de Fátima Charifo Maita; e dos Combatentes, Carlos Jorge Siliya.
O documento que citamos não avança as razões das desinvestiduras. Apesar disso, um portal nacional aponta, pelo menos, os motivos por detrás do afastamento de João Machatine e Carlos Mesquita.
João Machatine teria sido afastado pela má gestão do dossier das portagens da Estrada Circular de Maputo e a queda das pontes sobre o rio Revúboè (dois anos após a sua reabilitação) e sobre o rio Licungo (um mês após a inauguração).
Relativamente às portagens, estava sob égide de Machatine e Adriano Maleiane, enquanto ministros, a aprovação da tabela de preços a pagar naqueles postos de cobrança.
Por sua vez, segundo a nossa fonte, Carlos Mesquita fracassou na gestão do Ministério da Indústria e Comércio, não tendo conseguido estabilizar o sector cimenteiro. Com a entrada em funcionamento da empresa Dugongo Cimentos, muitas outras empresas faliram.
Diz a nossa fonte que, em 2015, Adriano Maleiane, após ser entregue as pastas das finanças, encontrou cofres vazios, e, por isso, pediu demissão, no mesmo ano – não foi aceita.
“Maleiane era tido como “estabilizador” das finanças débeis da governação de Filipe Nyusi, tendo desempenhado um papel preponderante na manutenção do país, depois da suspensão da ajuda externa”, escreve a fonte.