Os líderes comunitários, na província de Cabo Delgado, envolvidos na distribuição de alimentos exigem favores sexuais para fazer chegar o apoio às vítimas de terrorismo islâmico, segundo avança o africanews.
O site escreve que “as mulheres têm sido coagidas a dar sexo em troca de dinheiro ou ajuda alimentar”.
As denúncias foram feitas à Organização das Nações Unidas pelos beneficiários. O Programa Alimentar Mundial (WFP, na sigla inglesa) já está a investigar as recentes alegacões de abusos e violência sexuais.
Fresh sex-for-aid claims in Mozambique: rights group https://t.co/mnRgOaGNif
— africanews 😷 (@africanews) September 8, 2021
O responsável do WFP na província de Cabo Delgado, Maurício Bortee, manteve, na quinta-feira, um encontro com os responsáveis locais sobre a situação.
“Essas preocupações que recebemos referem-se a abuso de poder por parte de líderes comunitários ou troca de comida por sexo”, disse, destacando que a organização tem “tolerância zero” para este tipo de situações.
“Nosso objectivo é sempre levar assistência sem prejudicar as pessoas que atendemos e é por isso que estamos aqui para abordar essas questões, juntamente com todos os parceiros envolvidos”, frisou.
Os ataques terroristas em Cabo Delgado iniciaram em Outubro de 2017 e já causou centenas de mortos, afectou mais de 50 mil pessoas, maioritariamente mulheres e crianças, que agora clamam por apoio nos centros de acolhimento.