A variante ómicron da covid-19 contorna melhor a imunidade de pessoas vacinadas do que a delta, segundo a conclusão de um estudo dinamarquês publicado no final do ano passado, e esta constatação abre uma janela para explicar o porquê de a nova estirpe ser de mais fácil propagação.

Os investigadores da Universidade de Copenhaga, Statistics Denmark e Statens Serum Institut (SSI) concluíram que a variante ómicron era 2,7 a 3,7 vezes mais infecciosa do que a delta, depois de avaliarem 1.200 famílias em meados de Dezembro de 2021.

“Os nossos resultados confirmam que a rápida propagação da ómicron pode ser atribuída principalmente à fuga imunológica e não a um aumento inerente da transmissibilidade básica”, disseram os investigadores.

O estudo – ainda não revisto por pares – concluiu também que as pessoas vacinadas com uma dose de “reforço” são menos susceptíveis de transmitir o vírus, independentemente da variante, do que as não vacinadas.

Embora mais transmissível, a variante ómicron parece induzir uma doença menos grave, disse o director técnico da SSI, Tyra Grove Krause, aos meios de comunicação locais na segunda-feira.

“Embora a ómicron ainda possa exercer pressão sobre o sistema de saúde, tudo indica que é mais suave do que a variante delta”, disse, acrescentando que o risco de ser hospitalizada com a ómicron era metade do que com a Delta.