A mineradora anglo-australiana, Rio Tinto, anunciou, recentemente, um investimento de 7,5 mil milhões de dólares, para reduzir as emissões de carbono em 50% até 2030. Ao se concretizar, esta vai ser uma redução três vezes maior do que sua meta anterior.
A maior mineradora de ferro do mundo procurou reduzir pela metade as suas emissões directas de carbono e certos tipos de emissões indirectas, até 2030. No entanto a empresa antecipou a sua meta para 2025, prevendo reduzir 15% nas emissões em relação aos níveis de 2018.
“É uma alteração significativa, mas é o futuro para a Rio Tinto”, disse o presidente-executivo Jakob Stausholm.
Para cumprir essa meta, o Rio pretende aumentar a sua energia a partir de fontes renováveis; impulsionar os gastos com pesquisa e desenvolvimento em vias de descarbonização; e duplicar os gastos com o crescimento de minerais essenciais para a transição energética para cerca de três mil milhões de dólares por ano a partir de 2023.
A Rio alargou os seus investimentos de capital para o próximo ano, de 7,5 mil milhões de dólares para 8,0 mil milhões, e disse que espera gastar 9,0 mil milhões em 2023 e 10 mil milhões em 2024.
A Rio Tinto disse este mês que está a trabalhar em uma nova tecnologia que utilizaria biomassa no lugar do carvão metalúrgico no processo de produção de aço para reduzir as emissões de carbono da indústria, e que está a procurar hidrogênio.
Para descarbonizar suas operações de minério de ferro, a empresa tenciona implantar 1 gigawatt (GW) de geração de energia solar e eólica, em substituição à geração a gás.
Por outo lado, pretende descarbonizar suas fundições de alumínio na Ilha Boyne e Tomago, na Austrália, o que exigirá cerca de 5GW de geração de energia solar e eólica.
O negócio de alumínio da Rio Tinto é responsável por cerca de 70% de suas emissões directas e indirectas.