Covid-19 criou oportunidades para serviços africanos de streaming de vídeo

O que o mundo já sabe é que a pandemia arrasou todos os sectores comercias em todo mundo. Mas houve empresas que souberam aproveitar da melhor maneira os períodos de restrições. Longe de pensar que apenas seriam as grandes empresas das maiores economias do mundo, a África também soube tirar proveito do confinamento, no caso, a indústria cinematográfica.

Apesar de a pandemia ter levado a indústria cinematográfica africana a cancelar gravações, por outro lado criou novas oportunidades ao impulsionar o vídeo a pedido e o streaming.

Alex Moussa Sawadogo, Delegado-geral do FESPACO, disse que a indústria pode tirar partido da evolução do comportamento dos consumidores. A verdade é que as mudanças estão a ser impulsionadas principalmente pelo aumento do acesso à Internet de alta velocidade.

Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, os sectores cinematográfico e audiovisual de África têm potencial para criar mais de 20 milhões de empregos e gerar cerca de 20 mil milhões de dólares em receitas anuais, acima dos actuais cinco mil milhões de dólares.

Por outro lado, com a chegada da Netflix ao continente as assinaturas de vídeo a pedido devem crescer de 3,9 mil milhões em 2020 para 13 mil milhões em 2025

A Netflix e outros actores importantes da indústria como a plataforma de televisão por assinatura Vivendi Canal+, Orange e MultiChoice estão à procura de conteúdos locais e de assinar acordos de distribuição enquanto lutam pela quota de mercado.

Partilhar este artigo