A associação Económica do Malauí defende a necessidade de acelerar o projecto de ligação ferroviária com Moçambique, através da linha de Sena.
A materialização deste projecto, irá aliviar, segundo os homens de negócio no Malauí, o custo de transporte rodoviário para o país, tido como o mais alto da região. Uma tonelada equivale a dez dólares, contra os sete dólares recomendados.
Falando no encontro que a agremiação económica manteve com o ministro das finanças, Felix Mlusu, na cidade de Lilongwe, Elias Ngalande um dos membros da associação disse ter chegado o momento de o governo apostar no transporte ferroviário.
Em resposta, o ministro das finanças do Malauí disse que o governo está a mobilizar financiamento para a reabilitação das linhas férreas do país, tendo apontado o projecto de ligação Blantyre – Nsanje até Vila Nova de Fronteira, em Mutarara, Moçambique, como prioritário.
Em 2017, o Malauí adoptou um plano director para o sector de transportes para ser implementado num período de 20 anos.
O documento indica que para a concretização do plano, o país precisa de mais de 9,15 mil milhões de dólares.
Sabe-se que do lado moçambicano já decorrem obras de reabilitação de 45 quilómetros ligando Nhamayabue à Vila Nova de Fronteira, no distrito de Mutarara, que vai dar acesso à Nsanje, no Malauí, cuja primeira pedra foi lançada pelo estadista moçambicano, Filipe Nyusi.
A linha é de extrema importância para o Malauí que pretende exportar açúcar para a Europa, através do porto da Beira.
Na segunda fase, Malauí promete estabelecer comunicação ferroviária Beira-Lilongwe, decorrendo actualmente a mobilização de fundos junto dos seus tradicionais parceiros de cooperação internacional.
Malauí importa através dos Portos de Nacala e Beira produtos alimentares da primeira necessidade, fertilizantes, combustíveis, material de construção, entre outros, usando a via rodoviária.
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