Os governos de Moçambique, Botsuana e Zimbabué assinaram, ontem, sexta-feira (12), em Techobanine, distrito de Matutuíne, província de Maputo, três acordos para a viabilização da construção do porto de águas profundas de Techobanine.
Trata-se de uma carta de pedido de financiamento ao Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), acordo de transporte de mercadorias entre os três países e acordo para a construção do próprio porto de Techobanine.
Falando minutos após a assinatura dos instrumentos junto dos seus homólogos tsuana, Eric Molale, e zimbabweano, Felix Mhona, durante a Cimeira tripartida, Moçambique, Botsuana e Zimbabué, o ministro moçambicano dos transportes e comunicações, Mateus Magala, disse que antes da construção da infra-estrutura haverá um estudo de viabilidade que poderá custar pouco mais de três milhões de dólares.
“O Banco Africano de Desenvolvimento vai fazer um estudo de viabilidade que nós estimamos que venha a custar entre três a quatro milhões de dólares, na forma de donativo. Feito o estudo vai-se determinar o valor do projecto e quais as fontes possíveis de financiamento”, referiu Mateus Magala, citado pela AIM, acrescentando que alguns fundos virão do BAD, outros do Governo, sector privado e outras instituições financeiras.
Mateus Magala disse, igualmente que, informalmente, o BAD já manifestou interesse em fazer o estudo faltando a formalização do processo. O governante destacou que o porto vai estar numa área fora do Parque de Maputo, é uma área adjacente ao parque. Neste sentido, “já foi realizado um estudo ambiental, tendo sido concluído que neste local estão salvaguardado o respeito pela a humanidade e biodiversidade”.
O porto de Techobanine poderá ocupar uma área superior a 10 quilómetros quadrados e uma capacidade para transportar três milhões de toneladas de combustível e 16 milhões de toneladas de carvão e outros minérios.
(Foto DR)
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