A Central Térmica de Temane, promotora da central a gás de 450 MW de ciclo combinado, no distrito de Inhassoro, província de Inhambane, sul de Moçambique, vai interromper temporariamente as obras de construção devido a um impasse contratual com o empreiteiro.
O contrato celebrado, do tipo “chave na mão”, está a ser executado pela empresa espanhola TSK, que possui experiência e reputação comprovada a nível global. A consequência imediata do impasse, que até então está a ser resolvido entre as partes, mas poderá prejudicar os prazos do comissionamento se persistir.
Aliás, as obras já sofreram adiamentos em 2024 para 2025, por razões fora do controlo dos executores do projecto, designadamente, os ciclones que abalaram o País e a província de Inhambane em particular, onde decorre o projecto.
Segundo uma publicação da AIM, refere que a CTT, promotora do empreendimento orçado em 650 milhões de dólares e apontado como essencial para conectar as diferentes redes eléctricas de Moçambique, “encontra-se a resolver uma situação contratualmente sensível com o seu empreiteiro de Engenharia, Aquisição e Construção (EPC) a empresa TSK”.
“A CTT assegura aos seus parceiros, trabalhadores, partes interessadas e ao público que tomará todas as medidas relevantes para proteger a integridade do Projecto e que está activamente a trabalhar para gerir a situação”, disse o executor do projecto.
Em Janeiro deste ano, o gestor do projecto CTT, Eucides Dgedge, assegurou que, o comissionamento deverá iniciar entre o segundo e terceiro trimestre de 2025 e a nova data de arranque operacional da planta estava agendada para 02 de Fevereiro de 2026, datas sujeitas a outro adiamento em função da interrupção.
No entanto, a CTT assegura que as actividades do projecto continuam a ser geridas activamente pela equipa de construção, estando igualmente em curso a implementação de medidas para proteger o cronograma do projecto, salvaguardar as actividades críticas bem como garantir a manutenção do padrão de qualidade, segurança e conformidade.
CTT, é uma parceria público-privada formada pela Globeleq, Electricidade de Moçambique e SASOL, que obteve uma concessão válida por 25 anos, devendo, no final do contrato, transferir-se o activo para o Estado moçambicano.
(Foto DR)
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