Combate à Mutilação Genital Feminina ainda é um desafio em Moçambique

Combate à Mutilação Genital Feminina ainda é um desafio em Moçambique

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera que ainda há um duro combate contra a Mutilação Genital Feminina (MGF) em Moçambique, especialmente nas províncias do norte do país.

“Em Moçambique, a MGF ainda persiste em algumas comunidades, especialmente nas regiões do Norte, onde normas culturais e tradições perpetuam esta prática nociva. Apesar dos avanços legais e das campanhas de sensibilização, muitas meninas continuam a ser submetidas à MGF, frequentemente em condições de risco e sem acesso a qualquer assistência médica” lê-se numa publicação do MISA Moçambique.

A nota indica que, apesar dos avanços no combate à prática, persistem desafios para a identificação das vítimas. Além disso, nota que as raparigas estão mais expostas à MGF em decorrência de crises humanitárias como conflitos e desastres naturais.

Mas também há que destacar que a MGF está correlacionada com práticas de violência baseada no género e protecção infantil.

Segundo o Relatório da ONU sobre Deficiência e Desenvolvimento de 2023, as consequências da mutilação genital feminina são devastadoras e de longo prazo. Entre os impactos mais comuns, destacam-se complicações médicas graves, como infecções, hemorragias, dores crónicas e dificuldades no parto, além de traumas psicológicos profundos, que podem levar à depressão, ansiedade e transtorno de stress pós-traumático.

“A prática não só compromete a saúde física e mental das vítimas, como também limita seu acesso à educação e oportunidades económicas, perpetuando o ciclo de desigualdade e discriminação de género” refere.

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