Manifestações: PRM apresenta suspeito financiador de jovens para promover actos de violência

Manifestações: PRM apresenta suspeito financiador de jovens para promover actos de violência

O Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) apresentou ontem (5), em Maputo, um agente económico, revendedor de gás de cozinha, identificado apenas pelo nome de Yassin, que é suspeito de aliciar jovens com valores monetários e bebidas energéticas para promoverem actos de violência, vandalismo e desobediência pública no país.

Para o efeito, segundo o porta-voz do Comando Geral da PRM, Orlando Mudumane, o suspeito distribuía dinheiro aos polidores de viaturas e catadores de lixo que são transportados de vários pontos para centros urbanos através de chapas e mototáxis (Txopelas).

“O indiciado distribuía dinheiro na via pública para aliciar jovens. Na posse deste foram aprendidos 82 mil meticais em notas de 200 meticais (um dólar equivale a 64 meticais) e 147 unidades de bebidas energéticas”, disse Mudumane.

Por seu turno, o indiciado, Yassin, refuta as acusações e diz ser apenas revendedor de gás de cozinha, embora reconheça ter sido surpreendido a distribuir bebidas energéticas aos jovens que têm estado a limpar vidros de viaturas ao longo da Avenida Joaquim Chissano.

“Não estou envolvido em nada. A verdade é uma, sou um agente económico, tinha esse valor, estava em baixo da cadeira, sou revendedor de gás e ia fazer pagamento. Tem aqueles miúdos que limpam vidros de carro, na Avenida Joaquim Chissano, eu trazia uma embalagem de energéticos e outras três caixas estavam atrás e estava a dar àqueles miudinhos na pura inocência”, referiu Yassin.

Disse ainda que os agentes da polícia quando o encontraram a distribuir energéticos entraram na sua viatura, confiscaram o dinheiro que trazia consigo no valor de 350 meticais.

“Este valor que eles estão a dizer que me deram (82 mil meticais) não confere a verdade.

Explicou que trazia consigo 350 mil meticais que foram confiscados por agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) trajados a paisana.

“Estou a falar da Polícia de Investigação, porque são eles que vieram revistar o meu carro, quando eu tirei o valor”, disse.

Explicou que trazia consigo o dinheiro porque pretendia depositar no banco. Por isso, diz não perceber as causas que levaram a sua detenção.

Sobre a camiseta que trajava com a imagem de Venâncio Mondlane, candidato presidencial do partido Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), o suspeito disse “vocês sabem o que nós estamos a passar ultimamente. Estamos a viver uma situação em que se você não usa esse traje é conotado. Eu não sou membro de nenhum partido irmão, não apoio nenhum partido”, disse o indiciado.

Acrescentou que quando os agentes confiscaram o valor que trazia consigo não lhe deram uma oportunidade para apresentar facturas para justificar a proveniência do valor referido.

“Quem me conhece sabe que eu não financio nenhum partido, sou agente económico, revendedor de gás”, frisou. (AIM)

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.