O Misa Moçambique  vai submeter uma queixa-crime junto da Procuradoria-Geral da República contra a polícia, pelo uso desproporcional da força que culminou com ataque a jornalistas durante as manifestações de segunda-feira.

A informação foi avançada ontem pelo director executivo do Misa Moçambique, Ernesto Nhanale.

A agremiação diz que os agentes do Estado, que atentaram contra o direito à liberdade de imprensa e o direito a manifestação, devem ser responsabilizados

“Vamos fazer uma queixa. Vamos fazer uma participação. Mas aquele foi um crime público e é dever da Procuradoria Geral da República, antes da nossa participação, fazer a sua investigação. Naquele momento, não estavam em nenhuma ação ofensiva. Naquele espaço, as imagens mostram que estava a decorrer a conferência de imprensa e ninguém estava a atirar algo contra a polícia”, disse Nhanale.

Segundo Nhanale, a polícia proactivamente, usou da força num momento em que os outros não estavam contra si. “Nós consideramos, não achámos, que houve violações contra as liberdades de imprensa e liberdade de manifestação, que são direitos fundamentais e constitucionais aqui em Moçambique”.

No dia 21 de Outubro, na Praça da OMM, na Cidade de Maputo, quando o candidato presidencial Venâncio Mondlane falava à imprensa sobre às manifestações por si convocadas, a polícia disparou cápsulas  de gás lacrimogêneo que atingiu, directamente, os jornalistas e o próprio candidato   presidencial Venâncio Mondlane.

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