O Governo, através da Autoridade Reguladora de Águas (AURA), em coordenação com as entidades do sector de águas em Moçambique, está a desenhar estratégias para reduzir as perdas de água, actualmente calculadas em cerca de 50%.
Para o efeito, a AURA está em curso na cidade de Maputo o IV Seminário Regional de Capacitação em Regulação e Redução de Perdas, um evento de dois dias, que visa, entre outros os aspectos, aprimorar os mecanismos de intervenção das entidades gestoras do sector de águas e saneamento da Região Metropolitana do Grande Maputo.
“É preocupação geral do regulador, mas acredito que seja da sociedade em geral, tem a ver com as perdas. O nosso nível de perdas no país é alto. Estamos a falar de cerca de 50% de perdas”, disse a administradora da AURA, Julieta Paulo, durante a abertura do Seminário Regional de Capacitação em Regulação e Redução de Perdas, esta segunda-feira (16), em Maputo.
Numa publicação da AIM, a fonte explicou que a perda de água se verifica tanto em sistemas de grande dimensão como de sistemas de pequena dimensão e, por isso, “a AURA, vai delinear, em conjunto, um plano para a redução de nível de perdas a um ponto que se considere aceitável”.
Referiu que no âmbito das suas actividades a AURA concluiu que, em alguns momentos, os dados apresentam algumas incongruências, por essa razão, segundo a fonte, no seminário, pretende-se aprimorar a metodologia de recolha de dados.
“Queríamos trazer uma nova abordagem que consideramos recolha de dados em bruto o que vai permitir que a mesma informação que as entidades gestoras têm, o regulador tem”, destacou, enfatizando que “uma nova abordagem de recolha de dados vai permitir interagir melhor sobre a matéria ligada aos dados da avaliação do desempenho que nós recolhemos”.
Segundo a empresa Águas da Região Metropolitana de Maputo, as perdas comerciais, como roubo de água, vandalizações e ligações clandestinas, resultam em um prejuízo anual de cerca de 50 a 60 milhões de dólares.
Por sua vez, Rogério Batina, em representação da Direcção Nacional de Abastecimento e Saneamento (DNAAS) disse que a redução de perdas tem um impacto substancial na sustentabilidade das empresas, dos fornecedores privados e também dos operadores, e sobretudo para os consumidores.
(Foto DR)
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