Vários corpos de civis foram encontrados a flutuar, amarrados uns aos outros, junto à costa da vila de Mocímboa da Praia, Cabo Delgado, no segundo ataque de insurgentes.
Segundo uma publicação da VOA, citando fontes locais, os corpos foram descobertos na última quinta-feira (05), e suspeita-se que sejam de pescadores capturados e mortos por insurgentes.
“Os corpos foram vistos na praia. Não sabemos ao certo como foram lá parar”, disse um morador, salientando que a insegurança voltou a se instalar depois de uma actuação violenta do grupo insurgente.
Um outro morador citado na mesma publicação, explicou que os residentes “acordaram com essa informação de corpos a flutuar”, e muitos estão em pânico e a se preparar para abandonar a vila autárquica, protegida pela força ruandesa. “A situação não é boa. Outras pessoas estão a carregar pastas para fugir.”
O Centro de Integridade Pública (CIP), que também reporta a descoberta de corpos, acrescenta que o grupo armado, terá capturado uma mulher e seus três filhos no dia anterior, na quarta-feira (o4), mas que viria depois a libertar.
“A situação em Mocímboa da Praia tende a piorar”, lê-se numa publicação do CIP.
No sábado, 31 de Agosto, o grupo de insurgentes fez a primeira invasão à Mocímboa da Praia, três anos depois de ter capturado e ocupado a vila aeroportuária por várias semanas, emboscando uma patrulha da força ruandesa.
A troca de tiros entre os insurgentes e a força resultou na morte de dois civis, incluindo uma adolescente, que foi atingida quando tentava escapar do confronto.
Sérgio Cipriano, administrador de Mocímboa da Praia, que confirmou a emboscada, descrevendo a actual situação da vila de calma, mas apelou à vigilância dos moradores para travar a circulação de estranhos.
(Foto DR)
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