Chiquinho Conde já está em Maputo, mas só aceita contrato de dois anos

Chiquinho Conde já está em Maputo, mas só aceita contrato de dois anos

Chiquinho Conde desembarcou ontem, domingo (04) em Maputo, ido de Portugal, onde se encontrava desde a vitória dos “Mambas”diante da Guiné Conacri (1-0), a 10 de Junho, em jogo disputado no Marrocos e pontuável para a quarta jornada do Grupo “G” da zona africana de qualificação para o Campeonato do Mundo da FIFA de 2026, co-organizado pelos Estados Unidos da América, México e Canadá.

Depois desse jogo, recorde-se, Chiquinho Conde ficou em Portugal a tratar de questões de índole social, mormente relacionadas com a saúde da sua filha.

O regresso do treinador à capital do país tem como objectivo concluir as negociações que estão em curso com a Federação Moçambicana de Futebol (FMF), visando renovar o seu contrato para continuar a desempenhar as funções de seleccionador nacional dos “Mambas”.

O contrato do técnico, recorde-se, expirou na passada quarta-feira, 31 de Julho, sendo que no passado dia 27 de Junho a FMF afirmou, em comunicado, que tem interesse em renovar o contrato de Conde para continuar à frente da Selecção Principal.

Desde então e das diversas rondas negociais que aconteceram, através da plataforma Zoom, as partes não conseguiram chegar a consenso.

Segundo uma publicação do jornal Desafio, na semana passada a equipa negocial da FMF, composta por Jorge Bambo e António Chambal, respectivamente vice-presidente da Administração e Finanças e Assessor da Direcção, fez cedências a algumas exigências do treinador, ao mesmo tempo que abandonou algumas cláusulas que havia avançado como proposta do novo contrato.

Para isso, Chiquinho Conde só aceita assinar contrato válido por dois anos para treinar os Mambas, contrariamente ao de 12 meses que a FMF propunha.

Em Junho, falando numa conferência de imprensa, o presidente da FMF, Feizal Sidat acusou Chiquinho Conde de “ingrato”, tendo o criticado de violar o contrato de trabalho, ao fazer acusações contra a sua “entidade patronal” em público e nas redes sociais, e reivindicar apenas para si e para os jogadores o mérito das vitórias dos ‘mambas’, deixando de fora “todo o trabalho colectivo”.

Sidat disse que Chiquinho Conde lhe faltou ao respeito, na presença dos jogadores da selecção, ao exigir gelo no balneário, após o jogo em que Moçambique garantiu o acesso à fase final do Campeonato das Nações Africanas (CHAN), disputado apenas por jogadores que actuam no continente.

O dirigente deu ainda conta de que o selecionador humilhou igualmente Paíto, actual vice-presidente da FMF para as seleções, ao proibi-lo de entrar no autocarro e no balneário da equipa.

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