As mudanças climáticas poderão aumentar em 48 mil o número anual de mortes por diarreias em crianças menores de 15 anos, dentro de seis anos a nível mundial.
A conclusão é de um estudo do Instituto Nacional de Saúde (INS), apresentado nesta terça-feira (30), em Maputo, que destaca ainda que em 2050, o número de incidência pode aumentar em 33 mil casos.
De acordo com Américo Feriano, pesquisador do INS, “as chuvas extremas, uma das características das mudanças climáticas, aumentam o risco de escoamento da água, resultando na contaminação fecal mais significativa das fontes do precioso líquido”.
O pesquisador do INS alertou, igualmente, que para além do impacto que as chuvas representam para o aumento dos casos da cólera, o pesquisador aponta também os riscos que a seca prolongada também pode trazer.
“Os períodos de seca prolongados podem permitir que patógenos cresçam e se concentrem em águas superficiais e subterrâneas ou reduzam a água disponível para higiene, contribuindo para infecções por doenças diarreicas”, avançou Américo Feriano.
Moçambique é um dos países mais propensos a doenças diarreicas, e o INS chama atenção para maior atenção às províncias de Tete, Maputo, Zambézia, Manica e Sofala, onde prevê-se maior risco em crianças menores de cinco anos de idade.
(Foto DR)
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